A idade do condutor é um fator determinante nos acidentes de trânsito?

Os acidentes de trânsito são uma das principais preocupações em termos de segurança rodoviária. Diversos fatores podem ter influência na probabilidade de sofrer um acidente e um deles é a idade do condutor. 

Mas terá mesmo a idade um papel fundamental? Neste artigo analisaremos os estudos mais recentes e os dados relevantes para compreender a relação entre a idade e os acidentes de trânsito.

A relação entre a idade e os acidentes de trânsito

A idade do condutor foi objeto de muitos estudos devido ao seu impacto na segurança rodoviária. A evidência mostra que existem dois grupos etários que apresentam um maior risco de acidentes: os condutores jovens (18-24 anos) e os condutores com mais de 70 anos.

De acordo com dados do Parlamento Europeu, em 2018, 12% das mortes na estrada na União Europeia corresponderam a pessoas entre os 18 e os 24 anos, apesar de este grupo representar apenas 8% da população europeia. Isto indica que os jovens têm uma probabilidade mais elevada de se verem envolvidos em acidentes de trânsito mortais. Por outro lado, as pessoas com mais de 65 anos constituíram 28% das vítimas mortais na estrada, refletindo também uma vulnerabilidade significativa neste grupo etário.

Condutores jovens: inexperiência e assunção de riscos

Os condutores jovens costumam ter uma maior probabilidade de sofrerem acidentes de trânsito por vários motivos:

• Inexperiência: Os condutores novos ainda estão a desenvolver as suas capacidades ao volante.

• Excesso de confiança: A perceção do risco é menor nesta etapa, o que pode resultar em manobras arriscadas.

• Condução noturna: Os jovens costumam conduzir em horários noturnos, em que a visibilidade e o cansaço são fatores de risco.

• Consumo de álcool e drogas: De acordo com o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), o consumo de álcool e drogas em Portugal é maior entre os jovens dos 15 aos 34 anos, em comparação com os adultos dos 35 aos 64 anos. 80% dos jovens consome álcool face a 60% dos adultos, 15% consome canábis face a 5%, e 5% consome outras drogas ilícitas face a menos de 1% nos mais velhos. Estes dados refletem uma maior prevalência de consumo de substâncias psicoativas nos jovens portugueses.

Condutores mais idosos: diminuição de capacidades cognitivas e físicas

O grupo de condutores com mais de 65 anos também apresenta riscos particulares:

• Diminuição dos reflexos: Com a idade, o tempo de reação aumenta, o que pode dificultar a resposta a imprevistos na estrada.

• Perda de visão e audição: Com o passar dos anos, a vista e a audição deterioram-se, o que afeta a capacidade de perceção de sinais e outros veículos.

• Doenças crónicas e consumo de medicamentos: As doenças crónicas, como a diabetes ou problemas cardíacos, podem interferir com a condução segura, tal como certos medicamentos que produzem sonolência.

Fatores que explicam a relação entre a idade e os acidentes de trânsito

A análise da relação entre a idade e as falhas ao conduzir mostra que cada grupo etário enfrenta desafios únicos. As falhas ao conduzir podem ser consequência da inexperiência, do excesso de confiança ou da redução de capacidades físicas e cognitivas.

Principais falhas ao conduzir de acordo com a idade

• Menores de 25 anos: excesso de velocidade, distração com dispositivos móveis, condução sob o efeito do álcool.

• Dos 25 aos 64 anos: maior estabilidade na condução, menor taxa de sinistros, embora as distrações com dispositivos móveis também afetem este grupo.

• Maiores de 65 anos: lentidão na tomada de decisões, erros de perceção e falhas de atenção.

Estas falhas ao conduzir podem ser prevenidas com campanhas de sensibilização dirigidas a cada grupo etário, avaliações médicas regulares para condutores idosos e uso de tecnologias avançadas de assistência ao condutor.

A importância da tecnologia na redução de acidentes de trânsito

As tecnologias avançadas estão a desempenhar um papel fundamental para mitigar as falhas ao conduzir relacionadas com a idade. Desde sistemas de assistência ao condutor (ADAS) até monitores de fadiga, as inovações tecnológicas contribuem para reduzir o risco de acidentes de trânsito.

Sistemas ADAS mais relevantes

• Travagem automática de emergência (AEB): Deteta obstáculos e aplica os travões automaticamente.

• Detetor de fadiga: Monitoriza a atenção do condutor e emite alertas em caso de fadiga ou distração.

• Controlo de cruzeiro adaptativo: Ajusta a velocidade do veículo de forma automática para manter uma distância segura do carro da frente.

Na Athlon estes sistemas fazem parte dos veículos disponíveis nos contratos de renting. Graças à possibilidade de aceder às tecnologias mais avançadas, as empresas podem garantir uma maior segurança nas suas frotas. Se estás interessado(a) em veículos com estas tecnologias, consulta as ofertas de renting da Athlon.

O que podem fazer as empresas para reduzir o risco nas suas frotas de veículos?

As empresas têm a responsabilidade de garantir a segurança dos seus funcionários quando estão ao volante. Para isso, podem ser aplicadas as seguintes medidas:

• Incorporar veículos com sistemas ADAS que facilitem a condução segura.

• Realizar avaliações médicas regulares para os condutores, especialmente para os condutores com mais de 60 anos.

• Promover a formação contínua para reforçar as capacidades e consciencialização dos condutores jovens.

• Utilizar sistemas de monitorização de condução para controlar a atenção e o estado do condutor em tempo real.

Por último, a idade do condutor é um fator determinante nos acidentes de trânsito. Os condutores jovens e os condutores com mais de 65 anos apresentam um maior risco de sofrer acidentes, embora por motivos distintos. Os primeiros, pela sua inexperiência e excesso de confiança; os últimos, pela diminuição das suas capacidades físicas e cognitivas.

No entanto, a tecnologia e a adoção de medidas preventivas por parte das empresas e organismos de segurança rodoviária podem mitigar estes riscos. A Athlon, como fornecedor de soluções de renting para empresas, permite aceder a veículos com tecnologias avançadas que ajudam a reduzir as falhas ao conduzir.

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